Giro corporal e contrahegemonia em terapia ocupacional: diálogos conceituais entre a somática no campo da saúde e a corporeidade na antropologia
DOI:
https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoAO275835883Palavras-chave:
Corpo Humano, Terapias Somáticas, Terapia Ocupacional, IogaResumo
Na terapia ocupacional, observa-se uma abordagem predominantemente biológica do corpo. Por esse motivo, o objetivo deste artigo é contribuir para um giro corporal na disciplina, com base na antropologia da corporeidade (embodiment). Isso se concentra no caráter culturalmente mediado da experiência corporal. Em particular, o objetivo é vincular o crescente interesse em abordagens terapêuticas baseadas em técnicas somáticas com a preocupação com os aspectos socioculturais da saúde, do corpo e da doença. Propõe-se chamar a confluência de ambos os interesses em Terapia Ocupacional Corporalizada. Para isso, são usados conceitos como “consciência corporificada”, “padrões de uso do corpo”, “ponto de vista do corpo”, “técnicas corporais reflexivas” e “modos somáticos de atendimento”. Para ilustrá-las, é analisado o caso dos estilos de yoga incorporados (Hatha, Ashtānga e Vinyasa), cujas técnicas são de referência no campo da somática e da saúde devido às suas múltiplas apropriações. Por fim, sugere-se que o interesse pelo somático e pelo social poderia convergir em propostas contra hegemônicas dentro da disciplina da terapia ocupacional na América Latina.
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