Sentidos e representações da atividade humana para terapeutas ocupacionais no Brasil
DOI:
https://doi.org/10.1590/2526-8910.ctoAO397138551%20Palavras-chave:
Terapia Ocupacional, Atividades Humanas, Difusão Cultural, Epistemologia, DiscursoResumo
A constituição de terminologias profissionais, como acontece no caso da terapia ocupacional, sofre interferência dos contextos linguísticos, socioculturais e políticos, providos de relações de poder. O enunciado “atividade humana” tem expressividade no contexto brasileiro, mas se depara com o uso de outros termos e pouca investigação sobre seus sentidos, aprofundamentos e contradições conceituais. Esta pesquisa buscou mapear a construção de sentidos conceituais e as representações culturais do enunciado “atividade humana” nos discursos de terapeutas ocupacionais no Brasil. Foi realizada uma pesquisaintervenção de caráter arquegenealógico e cartográfico, com a composição de três escavações sobre: discursos científicos, relatos profissionais e narrativas sobre experiências. Cada escavação avança na imersão contextual e registra sentidos de um enunciado entretecido por crítica e sensibilidade, que vem sendo sustentado por experiências de transformação. Com base nos sentidos experienciais, aprofundou-se em possíveis representações culturais que favoreceram esse enunciado no processo de empoderamento profissional, reunindo seis marcas da formação social, política e epistemológica no contexto: posicionamento de oposição à opressão; expressão de empoderamento popular pela transformação social; constituição da perspectiva profissional como direito social; ampliação da base de fundamentos profissionais; enfoque no processo, com tendência transdisciplinar; e uma busca por crítica, coerência e responsabilidade frente aos dilemas do mundo e da produção de conhecimento.
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